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Resistência à insulina: dieta do Dr. Atkins e Lowcarb

By 15:09





"Entenda, sua compulsão pela comida não é um defeito de caráter, é um distúrbio químico denominado hiperinsulinismo e o tem simplesmente porque se alimentou da mesma maneira prejudicial à saúde como faz a maioria das pessoas em nossa cultura." - Dr. Atkins

 
 
Por conta dos meus problemas femininos, desenvolvi resistência à insulina. Na verdade, não sei quem veio primeiro: o ovo ou a galinha. O meu corpo precisa produzir muito mais insulina para aproveitar os carboidratos. Se eu não me cuidar, meu corpo vai se cansar de tanto produzir insulina e aí irá se instalar um quadro de diabetes. Uma pessoa com resistência insulina demora muito para emagrecer. Melhor dizer, emagrecer parece impossível. Quantas vezes já pensei em desistir. Ou passei meses fazendo dieta sem efeitos.
 
A resistência à insulina dá uma vontade louca de comer doces. Isso porque até que você tenha um pico de insulina, suas células não irão receber a quantidade necessária de energia. Então, você se torna refém dos doces. Isso eu explico com muita propriedade. Você acaba de almoçar, pode ter comido um boi inteiro, e é como se não tivesse comido nada. O seu corpo só se sentirá bem após você comer uma caixa de bombons inteira. Minha gaveta no trabalho era só de doces. Cheguei a um ponto que eu deixava de comer bem nas refeições principais para economizar calorias para comer besteiras.  Por mais que eu quisesse não conseguia parar. E isso, em um cenário de endometriose, é muito prejudicial, porque o açúcar alimenta a candidíase. Temos aí um cenário perfeito para infecções secundárias causadas pela endometriose
 
Hoje as coisas mudaram muito para mim. Procurei a melhor endócrino que encontrei no Rio de Janeiro, especializada em problemas femininos. Foi graças à ela que descobri a endometriose e a resistência a insulina. Ela foi um anjo na minha vida. Médica boa e que sabe o que faz. Apesar do preço alto, vale cada centavo a minha saúde. Ela me passou remédios que ajudaram a melhorar o desempenho do meu corpo. Parei com os remédios, porque me sentia muito mal, mas graças a eles hoje tenho um controle melhor dos doces.
 
Após essa fase, comecei a ir a nutricionista, mas essas dietas normais não se adequam muito bem ao meu corpo. Não adianta tratar as pessoas iguais. Eu penso que cada um é cada um. De repente, comer arroz causa um efeito em mim que no outro não irá causar. Por isso sou contra essas dietas receitas de bolo.
 
Recentemente, li em um blog uma coisa muito interessante. Era mais ou menos assim: Se uma pessoa tem alergia a camarão, não come mais camarão. Se uma pessoa é celíaca, os médicos retiraram o glúten. Mas quando a pessoa tem resistência a insulina , o que fazem? Manda tomar remédio, faz uma dieta cheia de carboidratos... Mas por que não reduzem aquilo que faz mal. Por que não reduzem os carboidratos?
 
Depois de muito pesquisar, comecei a dieta do Dr. Atkins. Não aguentei muito tempo, era muito forte para mim. Mas alguns dias dessa dieta permitiram meu corpo a entrar nos eixos e a me livrar dos efeitos dos carboidratos.
 
Apesar da melhora dos doces, eu ainda tinha um desespero agudo por comer. Meu estado era sempre: morrendo de fome. A partir das 15h começava a ladainha do: tô com fome. As pessoas olhavam para mim e eu só dizia: Tô com fome. Com a dieta do Dr. Atkins por uma semana, experimentei o que é não sentir fome, não sentir vontade de comer doce, e de ter a pele lisinha como uma seda. Eu consegui ficar uma semana inteira sem doce nenhum, sem sofrer nem um pouco por isso. Só que a dieta tem um lado horrível. A dieta dá fraqueza, vontade de desmaiar. Você fica muito lento. Eu pensava nas palavras, mas não conseguia falar, elas embolavam. Ninguém quer viver assim. E piora muito quando você trabalha.
 
Então pensei, não posso ficar assim. E descobri a dieta lowcarb. Dieta na qual você controla a quantidade de carboidratos ingerida. Ou seja, você come carboidratos, mas em uma quantidade controlada.
 
Tenho praticado essa dieta, mas sem ser radical. Quando vou a uma festa, como um doce. Quando estou desesperada, como um doce. Mas consumir menos carboidrato, dá menos vontade de comer carboidrato. Isso é um fato que eu comprovei. O meu corpo também começou a mudar de forma. A minha "barriguinha esperta", aquela concentração "bonita" de gordura na barriga e no "bacon lateral" do corpo (os pneuzinhos) começaram a sumir.
 
Ainda não fiz um exame de sangue para ver os efeitos dessa dieta. Se são positivos ou negativos. Mas por enquanto, estou liberta da síndrome do "Tô com fome!!!" e dos botões da calça que não fecham por conta da pança grande. Sem contar a pele e os cabelos que ficaram lindos! O inchaço no corpo reduziu drasticamente e a digestão melhorou demais.
 
Porém, essa é uma briga que só começou na minha vida. Ainda estou distante do peso ideal, mas já estou à caminho. Estar indo em uma boa direção é melhor do que ficar parada. E antes, meu corpo estava estagnado. Só eu sei o que passei para dizer que hoje estou bem. Só eu sei tudo o que senti e no buraco no qual me afundei. Por isso, criei esse blog. Sempre penso que em algum lugar tem alguém passando pelo que eu passei sem saber o que tem. Saber que tem algo errado com você e não saber exatamente o que, é horrível. A minha história é bem maior do que a que eu contei aqui, foi um pouco mais complicada também. Mas me conforta saber que da minha dificuldade posso ajudar alguém.
 
 
Algumas frases do Dr. Atkins sobre resistência à insulina. O porquê me interessei tanto pelo que ele diz:

"À medida que a pessoa com excesso de peso se torna mais gorda, o problema da insulina se agrava.
Numerosos estudos demonstram que o indivíduo obeso (e diabético) é extremamente resistente à ação da insulina. É aqui que encontramos a expressão "resistência à insulina". Os carboidratos estão provocando a liberação de grandes quantidades do hormônio, ao passo que o corpo é incapaz de utilizá-lo eficientemente. O corpo responde produzindo ainda mais insulina. Em consequência, excesso de peso altos níveis de insulina são quase sinônimos."

"Ânsias surpreendentes e ilógicas por comida são típicas nesse caso. Já saboreou um jantar com uma sobremesa e tanto e, quase imediatamente, descobriu que queria um pouco mais de bombons? Isso é um sinal, como a fadiga é também, de que seu metabolismo de carboidratos está descontrolado. Não é que você coma quando nem fome tem, mas que parece estar sempre com fome. Ainda assim, quando
come o alimento rico em carboidrato pelo qual anseia, você se sente melhor apenas por pouco tempo."

"Sendo gordo já há algum tempo, você está num alçapão metabólico, numa espécie de caixa de altas paredes, formada em parte por elevados níveis de insulina. Talvez já tenha notado que está num beco sem saída. Claro que deprime qualquer um tentar dieta após dieta e fracassar em todas. Por experiência pessoal e por comentários de milhares de pacientes, sei com que força é apertada a tampa da obesidade metabólica."

"Já a dieta baixa em carboidratos é assunto inteiramente diferente. A prova científica nem mesmo é dividida. É inteiramente unilateral na confirmação da eficácia e potencialidade de melhora da saúde com tal dieta. (...)  Não há a menor dúvida de que a dieta alta em carboidratos reinou suprema na última década. Mas também não posso dizer que notei que as pessoas se tornaram mais esbeltas - ou, tampouco, mais sadias. Para ser franco, acho que há espaço para mais de um ponto de vista e tenho esperança de que você o ajude a abrir."
 


Fonte:  NOVA DIETA REVOLUCIONÁRIA DO Dr.ATKINS
http://bvespirita.com/A%20Nova%20Dieta%20Revolucion%C3%A1ria%20(Dr.%20Robert%20C.%20Atkins).pdf

Foto: http://br.freepik.com/vetores-gratis/modelo-de-menu-doces-vetor_720438.htm

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3 comentários

  1. CARLA, estou com sérios problemas hormonais devido a endometriose, qual o nome da médica a qual vc foi no Rio??
    Abraços!!

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  2. Adorei seu texto, mas tenho que fazer uma ressalva: os sintomas que a fez deixar a dieta Atkins são passageiros. A "fraqueza" nada mais é do que a abstinência do carboidrato. Eles duram entre uma semana à 10 dias. Depois é só bem estar e excelente qualidade de vida! Sou atkiniana há mais de 7 meses e falo com propriedade. Também sou portadora de endometriose, mas ainda não fiz exames depois da dieta... bjs

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  3. Adorei seu texto, mas tenho que fazer uma ressalva: os sintomas que a fez deixar a dieta Atkins são passageiros. A "fraqueza" nada mais é do que a abstinência do carboidrato. Eles duram entre uma semana à 10 dias. Depois é só bem estar e excelente qualidade de vida! Sou atkiniana há mais de 7 meses e falo com propriedade. Também sou portadora de endometriose, mas ainda não fiz exames depois da dieta... bjs

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